Os processos que a Justiça Eleitoral de Mafra, examina e que devem ir para juízo depois da eleição deste domingo, 6, quatro deles têm características de muita cautela, podendo trazer a cassação de mandato caso os envolvidos sejam eleitos.
O processo que envolve o candidato a vereador do PL, Gilson Modeski é o mais complicado. O Ministério Público solicitou e o juiz Fernando Rigoni acolheu o pedido da promotoria e autorizou verificação das prestações de contas parcial, quebra de sigilo bancário e pericia nos áudios em que aparece a integrante do partido 22, Elisangela Hack, passando uma mensagem de voz a um outro homem, sugerindo que ele participe de uma fraude, assinando um contrato de prestação de serviço, que não irá executar, com o candidato Gilson Modeski, recebendo por isto R$ 1.000,00 e devolvendo na sequencia para o candidato a vereador do 22, a quantia de R$ 750,00. A prática é popularmente conhecida de rachadinha. O Ministério Público não se pronunciou se irá pedir a quebra do sigilo bancário dos demais candidatos da Coligação Juntos Por Mafra – Deus, Pátria e Família.
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Outro caso envolve os candidatos a vereador pelo PRD, Jonas Schultz e Márcio Cardoso, também pertencente a Coligação Juntos Por Mafra – Deus, Pátria e Família. Os dois apresentaram defesa à Justiça Eleitoral e aguardam despacho. As argumentações dos candidatos do PRD precisam de um parecer do MP a fim de decidir se acata ou encaminha para o juiz eleitoral. A decisão mesmo deve vir depois do próximo domingo de eleições, 6. Caso haja a decisão de indeferimento, a coligação Mafra Sempre Mais vai avaliar se entra com recurso junto ao TRE contestando a nomeação dos envolvidos, caso eleitos. Os dois tem acusação de ter gravado vídeo em área considerada proibida pela lei eleitoral, no caso área interna da Casan e de ter usado do cargo de vereador, que tem Jonas Schultz, para entrar no recinto.
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O quarto caso, também considerado preocupante para candidatos e eleitores da Coligação Juntos Por Mafra – Deus, Pátria e Família e que está dependurado no Ministério Público Eleitoral para decisão depois das eleições, diz respeito a candidata do PRD Miriam Clara Schloegl, a Miriam Canforeira. Recai sobre ela, não ter se desincompatibilizado da entidade Cão Fiel, da qual ela é diretora. A entidade recebe verba pública e por lei, Miriam Canforeira teria que ter se afastado de suas atividades neste período eleitoral. E sua permanência na área de atuação lhe proporciona maior visibilidade e vantagens no pleito sobre os demais candidatos. Até o final desta sexta-feira, 5, Miriam Canforeira não havia apresentado a sua defesa junto a Justiça Eleitoral.