O Ministério do Trabalho e Emprego anunciou que 232.513 vagas formais de emprego no país com carteira assinada foram criadas em agosto, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo, resultado da diferença entre contratações e demissões, ficou abaixo da expectativa, que era de abertura de 270 mil vagas, sendo estimativas colhidas pelo Valor Pro.
Em agosto, houve 2.231.410 admissões e 1.998.897 desligamentos. Foram registrados saldos positivos nos setores de serviços (+118.364 ), indústria (+51.634), comércio (+47.761), construção (+13.372), e agropecuária (+1.401).
Dados do IBGE divulgados mostram que a taxa de desemprego ficou em 6,6% no trimestre móvel encerrado em agosto. Essa foi a menor taxa para um trimestre encerrado em agosto na série histórica, iniciada em 2012. A população ocupada atingiu novo pico e chegou a 102,5 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Já nos últimos doze meses, entre setembro de 2023 e agosto deste ano, foram abertas 1.790.541 vagas. O resultado é 19,1% maior que o observador no período de setembro de 2022 a agosto de 2023.
O resultado de agosto representa um crescimento de 23,6% em relação ao mês anterior, quando foram geradas 188.021 vagas formais de trabalho.
Resultados positivos para Rio Negro
O Caged apontou que o município paranaense de Rio Negro, região metropolitana de Curitiba, apresentou nível superior de geração de empregos no comparativo a outros municípios próximos na região, ficando mesmo só abaixo do município de Mafra, que mesmo fazendo fronteira com Rio Negro, está localizado no estado de Santa Catarina. Mafra gerou 8.148 empregos em 12 meses e houve 8.109 demissões neste mesmo período, ficando com saldo pequeno de apenas 39 pessoas que se mantiveram empregadas desde o início de agosto de 2023 até o final de julho de 2024. Já Rio Negro foram 3.993 pessoas que iniciaram novo emprego em agosto de 2023.No período de 12 meses as demissões chegaram a 3.728, com saldo de 265 pessoas que se mantiveram empregadas. Resultado final apontado pelo Caged foi que no período de agosto de 2023 a julho de 2024, o município de Rio Negro teve saldo positivo de empregabilidade maior que Mafra.
No primeiro semestre de 2024, de janeiro a junho, o Caged apontou que o saldo positivo de permanência no emprego foi identificado no município de Rio Negro, com geração de 2.718 novos empregos e 2.311 demissões, contabilizando no semestre o saldo de 407 pessoas empregadas desde janeiro e que se mantem no trabalho. Mafra, no primeiro semestre de 2024, ficou com saldo de 263 pessoas que se mantiveram empregadas, para 5.251 que começaram a trabalhar e 4.988 que foram desligadas do mercado formal de trabalho.
A imprensa de RioMafra chegou a destacar a evolução do município de Rio Negro no comparativo aos demais da região fazendo referência. logicamente aos municípios paranaenses, destacando o desenvolvimento e crescimento tendo como fonte de informação e checagem de dados o Conselho Federal de Administração.
Projeção positiva de novos empregos até dezembro
De acordo com o MTE, todas as 27 unidades de federação do país registraram saldos positivos em agosto.
Após as cheias que atingiram o Rio Grande do Sul, o estado registrar resultados positivos pelo segundo mês consecutivo em agosto, com 10.413 vagas formais de trabalho criadas.
Segundo o secretário-executivo, Francisco Macena, a previsão do ministério é de que o crescimento no mercado formal de trabalho siga nos próximos meses, alcançando a marca de 2 milhões de postos gerados nos doze meses do ano.
— Acreditamos que nos próximos meses vamos continuar nessa curva crescente, e quiçá a gente fecha o ano, mesmo com a sazonalidade de dezembro, chegando bem próximo, senão batendo a marca de 2 milhões de novos trabalhadores formalizados — declarou Macena.
De acordo com as esimativas dessanalizadas da XP Marco, o saldo de emprego formal desacelerou de aproximadamente 155 mil em julho para 115 mil em agosto, atingindo cerca de 125 mil na média móvel de três meses.
O economista da XP, Rodolfo Margato também projeta um cenário animador para a criação de empregos no Brasil até o final do ano.
— Em suma, o CAGED traz números encorajadores para a maioria dos setores e regiões, quadro que não deve ser revertido no curto prazo. Acreditamos que o PIB permanecerá em território positivo, embora com alguma moderação após o desempenho bem acima do esperado no primeiro semestre de 2024. Projetamos que o saldo de empregos formais totalize 1,8 milhão este ano — observou o especialista.